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Desabafo..

Sinto o corpo a congelar por dentro... a estalar por tudo e por nada... À espera que uma voz quente o derreta e o leve para longe.. E não o traga de volta.. Que o leve para o mundo dos fracos, pois é lá que ele pertence.. È no arrepio.. na mediocridade.. na lágrima.. Nos gritos rasgantes da loucura... nas lágrimas a frio... no sangue transpirado por aqueles que agora são felizes por direito..
Continuo desvairada... embebida neste liquido cremoso... Esta batida interior, insurdecedora faz tremer-me... cair encostada à parede, desesperada a apertar, já sem forças, o vazio que mora por entre os meus dedos... Grito bem alto, para onde ninguém me ouve, para quem não me ouve... abraço-me, é tudo o que posso...
PErmaneço sentada neste chão frio que aqueço com a minha mocidade...

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Momento..

A vida tem disto… ora estamos de uma maneira, ora de outra… Ainda há pouco tempo eu não sabia que existia.Não fosse pelo que sentia arder no peito e tremer no corpo todo… E os olhos iluminados de sombras sempre brilhantes, esfaqueados…
Parece que às vezes nada faz sentido… outras, as coisas parecem ter tanto sentido que acabo por ficar assustada com aquilo que é a vida…Afinal, o amor existe … e dura, dura… arde…
Sinto-me como um mero espectador que sente a monotonia daquilo que vê, sinto-me como se me tivessem posto numa caixa, transparente e apertada: onde só posso ver, sentir ,e, quem sabe , existir… Caixa laminada…
Choro sangue, soluço dor, bebo amor… (…) …

Rachel Kraft!

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